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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A NOMEAÇÃO DE CARMEN JORDÁ PARA A COMISSÃO DAS MULHERES DA FIA E O FUTURO DE UM AUTOMOBILISMO MAIS FEMININO

Carmen Jorda, atual piloto de desenvolvimento da Renault, teve uma carreira breve e discreta no automobilismo mundial, a espanhola de 29 anos, teve passagens na Master Junior Formula, em 2005, quando consegui como melhor resultado a sétima colocação. Em 2006, estreou na Fórmula 3 Europeia e conseguiu o nono lugar como sua melhor marca. Além disso, teve passagens pela Indy Light Series e  também pela GP3, onde competiu em três temporadas, mas não consegui se classificar nem entre os 20 melhores. 
CARMEN JORDA ELEITA PARA A COMISSÃO DE MULHERES NO AUTOMOBILISMO: MARKETING OU MERECIMENTO? (FOTO: REPRODUÇÃO/ TWITTER CARMEN JORDA)
Feito as devidas apresentações, vamos ao que interessa, a nomeação de Carmen Jorda para a Comissão de Mulheres no Automobilismo da FIA, que aconteceu em dezembro de 2017, e causou muito desconforto entre as mulheres que estão tentando buscar seu lugar ao sol nas diversas categorias espalhadas mundo a fora e conta razão, não é meu papel discriminar ninguém, mas é sabido que Jorda não está , atualmente, tão preocupada e engajada em competir e que a publicidade nitidamente toma mais conta da sua vida do que qualquer outra coisa. 
Além disso, declarações recentes sobre a criação de uma categoria somente de mulheres na Fórmula 1 levanta a dúvida sobre sua competência em assumir um cargo tão importante, que na teoria, deveria ajudar jovens a conquistarem seus objetivos. 
Também fica a dúvida, até onde a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) está preocupada e disposta a ajudar as mulheres com essa comissão, ou se outra vez isso tudo não passa simplesmente de uma estratégia de  marketing, ai sim seria aceitável a escolha da piloto de desenvolvimento da Renault. 
Não é de hoje, que a federação vem sendo criticada por fazer um marketing duvidoso em cima de personalidades do esporte a motor, em sua última premiação, por exemplo, a FIA elegeu Max Verstappen, pela terceira vez consecutiva, como a "Personalidade do Ano", vale lembrar que o holandês não fez uma temporada com resultados expressivos e que terminou o campeonato de pilotos na discreta quinta posição, será que outros pilotos não mereciam mais?
Falando em merecimento, e voltando ao nosso assunto principal, acredito que outras pilotos estariam bem mais preparadas para assumir essa comissão tão importante, não apenas por seus resultados, mas também por cultivar uma filosofia que vai gerar bons frutos para uma relação mais igualitária entre homens e mulheres no automobilismo mundial. Aqui, poderia citar diversos nomes, mas vou comentar aquele que nos últimos tempos vem me chamando mais atenção e que acredito que um dia poderá ter mais oportunidades que é o de Tatiana Calderón, a colombiana, atualmente piloto de desenvolvimento da Sauber, competiu ano passado na última temporada da World Series, onde conquistou uma pole e um terceiro lugar, além de competir na GP3, essa sim tem conhecimento da causa e aparece nas mídias quando faz bons resultados e está com o foco total nas corridas. 
Portanto, depois das considerações feitas, acredito que a nomeação de Carmen Jorda para a Comissão de Mulheres no Automobilismo casa perfeitamente com os objetivos que a FIA tem para essa comissão, que é gerar marketing para a própria instituição, para mim, as mulheres, que sonham em chegar a Fórmula 1, ou em outras categorias do automobilismo mundial, ainda terão que batalhar, e muito, para chegarem lá e, por hora, sem ajuda da federação.  

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