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terça-feira, 14 de novembro de 2017

O QUE ROLOU #19 (GP do Brasil)

A décima nona etapa do campeonato de 2017, pode não ter sido muito emocionante para alguns, que viram Sebastian Vettel renascer das cinzas e ganhar de ponta a ponta o GP do Brasil, mas para mim, foi a melhor etapa do campeonato tudo porque, foi minha primeira vez in loco em um grande prêmio. Por isso, O QUE ROLOU será um pouco diferente, vamos lá!

  •  A PRIMEIRA VEZ A GENTE NÃO ESQUECE 
A minha "odisseia" começa na sexta-feira, com os treinos livres, e sem dúvida alguma é o melhor dia para tirar fotos, andar pela arquibancada e curtir bastante os carros. Isso, por que as arquibancadas ficam bem vazias e os carros estão um pouco mais "lentos", com isso, é possível ver as pinturas, os detalhes dos capacetes dos pilotos e até mesmo os pneus e aqui eu abro um parentese para exaltar a beleza dos carros da Red Bull, Toro Rosso e Ferrari, as flechas de pratas são um pouco sem graças, meio decepcionante, mas o motor, ronca que é uma beleza e essa foi mais uma das diferenças que encontrei nos carros: cada motor tem seu próprio barulho e, como já era esperado, o Mercedes ronca bem mais alto. 
Pode não ter sido muito emocionante, sem nenhum acontecimento grande dentro das pistas, mas foi a primeira vez, sentada no lugar mais alto da arquibancada Q, que vi Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel saindo com sua Red Bull e sua Ferrari dos boxes. Foi emocionante!!! 


  •  A BATIDA DE HAMILTON E A CLASSIFICAÇÃO 
Já no sábado, as coisas mudaram um pouco de figura, a emoção na pista foi bem maior, mas digamos que o encantamento desapareceu e deu lugar a admiração, por aqueles carros e por aqueles pilotos que sim, são muito bons. Não sou a maior torcedora de Lewis Hamilton e quando ele bateu, na curva do laranjinha, não senti nenhuma peninha, ao contrário da arquibancada, que no segundo dia de atividades, estava bem mais cheia e é sim apaixonada pelo inglês. O outro tetracampeão do grid também decepcionou os inúmeros torcedores da Scuderia Ferrari, já que errou em sua última volta e a pole caiu no colo de Valteri Bottas, que recebeu tímidos aplausos, que coincide com sua simpatia haha 
Mais uma observação sobre os carros, é nítida a diferença de velocidade de sexta para sábado, os capacetes não são tão mais visíveis, os detalhes dos carros então... só se eles estiverem em uma volta que não vale para nada, é impressionante e foi justamente ai que percebi o quanto veloz é um Fórmula 1. 

  • RACE DAY 
O dia da corrida é com toda certeza o mais esperado, e é também aquele que demora mais para passar. A organização até tenta colocar várias atrações até duas da tarde, mas o tempo demora para passar, ainda mais quando Interlagos tinha um sol para cada um e um vento gelado, que você não consegui se decidir se estava com frio ou queimando de calor. As atrações deste ano foram duas provas da Porsche cump e um show de paraquedismo, promovido pelo exército brasileiro. Ah teve a Anitta também cantando o hino, que pelo menos no setor Q, não causou nenhuma reação, nem positiva e nem negativa. 
A largada, com toda certeza, foi o momento mais legal do fim do semana, ver os carros descendo como loucos no S do Senna foi sensacional, aliás foi nesse ponto da pista que eu fiquei mais de olho, porque sempre acontecia coisas bacanas por lá. 

O que eu posso dizer sobre a corrida é que passou rápido demais, bem mais rápido do que quando assistimos somente pela televisão. Por outro lado, é muito confuso acompanhar a prova, estava bem de frente para o telão, mas a classificação da prova demorou pelo menos umas vinte voltas para aparecer, nais caixas de som do autódromo a transmissão era da Band News, mas de onde eu estava não dava para ouvir quase nada, o que restou, e foi uma mão na roda, foi acompanhar a classificação e o tempo das voltas no aplicativo oficial da F1. 
Por fim, as últimas voltas foram as melhores, foi muito legal ver Kimi Raikkonen segurando Hamilton e indo para o pódio, o inglês inclusive, pelo menos para mim, mostrou que não é perfeito, e errou duas vezes na entrada do S do Senna, frustando, metade da arquibancada, pelo menos. 
E não é que depois da bandeirada, Pierre Gasly, não quebra bem na nossa frente, no setor Q? O francês foi simpático e deu tchauzinho para a torcida, que é claro retribui, e para fechar o domingo e essa experiência super gostosa acompanhamos o resgate do carro, fiscais de Interlagos mandam super bem! 


E para fechar esse O QUE ROLOU vamos a sessão do que gostamos e do que não gostamos do fim de semana: 

NÃO GOSTAMOS: 
  • Da chuva que só ameaçou e não caiu de verdade em Interlagos. Sábado prometia um treino bem mais emocionante se tivesse chovido, mas só ficou numa garoa bem chata mesmo que nem molhou direito a capa de chuva; 
  • Dos preços exorbitantes da alimentação e lembrancinhas. Comer e levar uma lembrança de Interlagos é só para quem economizou e para quem pode, uma porção de batata frita (nada impressionante) custava nada menos que quatorze reais, ah e se você quisesse algum tempero a mais, a porção saia por dezoito reais, um absurdo! 
  • Da fiscalização falha. Para entrar no autódromo é uma burocracia danada, não pode isso, não pode aquilo, é feito uma revista bem chata, porém necessária. Entretanto, parece que não há controle de qualidade e em diversas situações vi, durante o fim de semana, pessoas com garrafinha de água, protetor solar com embalagens enormes e até um guarda-chuva, item número um, na proibição.
  • Do alto consumo de bebida alcoólica. Mesmo a cerveja custando incríveis dez reais, muita gente ficou bem altinha nas arquibancadas do setor Q, principalmente quando o fim do dia se aproximava. Acredito que o controle por parte da organização seria bem-vindo, já que ninguém é obrigado a aguentar bêbados, não é mesmo? 
  • Da apatia. Por estar na arquibancada, achei que o clima seria, digamos, um pouco mais animado. O pessoal conversava entre si, mas torcida mesmo era pouco, até mesmo para Felipe Massa, que fez sua última corrida no Brasil, até Hamilton era mais solicitado, achei meio chato. 
  • Dos atrasadinhos e folgados. Cheguei em Interlagos, nos três dias de atividade, bem antes da nove da manhã, tudo para conseguir um bom lugar no alto e o mais perto possível da saída dos boxes e devo dizer que fui muito feliz em minha missão. Mas, como já era de se esperar, tinha gente que chegava quinze minutos antes da principal atividade começar e queria pegar o lugar de quem chegou super cedo e isso foi coisa de brasileiro e de gringo. Isso é muita falta de educação, para dizer o minimo. 
GOSTAMOS: 
  • Do desfile de Ferraris. Em comemoração ao 70 anos da scuderia italiana, Interlagos recebeu um desfile de mais de 30 ferraris, no sábado e foi muito legal, tinha cada modelo lindo e alguns super antigos, abaixo deixo um pequeno vídeo mostrando um pouquinho. 

  • Do clima de amizade. É muito bacana poder encontrar pessoas que gostam da mesma coisa que você, que compartilham a mesma paixão e ainda ajudam expulsar os folgadinhos. Saudades seu Francisco!! 
  • Do desfile dos pilotos. É super rápido, a gente não vê eles direito, mas a sensação é ótima de ver seus ídolos quase que de pertinho. 
  • Do transporte público. Durante sexta e sábado utilizei o trem e o metrô para chegar até Interlagos, embora estivesse cheio, ás vezes, bem cheio, funcionou melhor do que eu esperava e gastei bem pouco também; 
  • Do ronco dos motores. Já comentei antes, mas ouvir os motores foi uma das coisas mais legais do meu fim de semana. 
  • Dos vários sotaques em Interlagos. Fiquei impressionada, mas o número de estrangeiros era bem expressivo, os argentinos dominavam e na sua grande maioria eram bem simpáticos. 
  •  Da rádio Interlagos. Foi muito útil na hora do tédio e os convidados sempre tinham uma boa história para contar, sobre a pista, sobre algum piloto, enfim, muito bacana. 
Bom, eu fico por aqui, e espero que tenham gostado de ouvir um pouquinho da minha vez em Interlagos, e a pergunta que fica é "falta muito para o GP do Brasil 2018?", já quero mais!! 


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