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quarta-feira, 24 de julho de 2019

RESENHA | CORRIDA PARA A GLÓRIA

A rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt esteve presente no imaginário de milhares de fãs desde os anos 70, quando estava inflamável como gasolina. Esse é o tema central do aclamado livro "Corrida para glória". 

Chris Hemsworth e Daniel Bruhl como James Hunt e Niki Lauda no filme Rush no limite da emoção, o enredo é baseado no livro de Tom Rubyton (FOTO/ REPRODUÇÃO)
O ano de 1976 sempre será lembrado pelos amantes da Fórmula 1 como um dos mais emocionantes da história do esporte. Dois pilotos dividiram os holofotes — o inglês James Hunt e o austríaco Niki Lauda —, e a liderança do campeonato foi disputada ponto a ponto. Quando a temporada de 1975 terminou, Hunt estava fora da Fórmula 1, seu contrato com a Hesketh Racing chegara ao fim e não havia perspectiva de um novo acordo. Porém, sua sorte mudou quando Emerson Fittipaldi rescindiu o contrato com a McLaren, e a escuderia passou a buscar desesperadamente um novo piloto. Mulherengo e bonitão, Hunt tinha a personalidade completamente oposta à do campeão Niki Lauda, que seria seu maior rival. Determinado, Lauda, um apaixonado por automobilismo desde a infância, contrariou os desejos de sua família e entrou de cabeça no esporte. Piloto da Ferrari desde 1974, havia sido campeão da temporada de 1975, e era apontado como favorito ao título do ano seguinte. O campeonato de 1976 teve dezesseis corridas, que estiveram entre as mais épicas da história da Fórmula 1 - o campeão só ficou conhecido no último Grande Prêmio, nas pistas molhadas do Japão. Fama, dinheiro, mulheres e sexo. Acidentes, falhas mecânicas e humanas. Naquele ano, dentro e fora das pistas, a vida dos dois protagonistas dessa disputa correria em alta velocidade. Corrida para a glória é uma grande reportagem sobre a vida contrastante desses dois corredores: James Hunt, lendário conquistador e estrela dentro e fora das pistas, e o extraordinário Niki Lauda, que sobreviveu a um dos mais graves acidentes da história do automobilismo.

Já no subtítulo o autor, Tom Rubyton, promete a história da maior rivalidade que a Fórmula 1 e olha que a maior categoria do automobilismo do mundo. O que encanta na história da vida real é o antagonismo entre as duas figuras de Lauda e Hunt. Isso é demonstrado o tempo inteiro. e pode-se dizer que é de conhecimento da maioria das pessoas que um dia já olhou para as duas figuras. 

O livro ganha credibilidade e gera interesse por parte dos leitores na medida que conta, muitas vezes com detalhes poucos conhecidos, do grande público que acompanha a Fórmula 1. A história sobre os dias que antecederam e após o título de James Hunt, para mim, é o ponto alto. A relação entre o Lauda e Enzo Ferrari também é sensacional e rede bons momentos. 

É muito importante para que as gerações terem uma ideia do que era a categoria há muitos anos atrás, os maiores contratos negociados eram os mínimos 300 mil dólares, bem diferente da realidade atual. ´A história impressionante de sobrevivência de Niki Lauda também não poderia de ser citada e lado pessoal e afetivo do tricampeão ganha um espaço para lá de especial. 

A única crítica que faço, embora sutilmente, Tom Rubyton destaca demais as qualidades ruins do piloto austríaco e realça as qualidades do britânico. O leitor fica com a impressão que Niki era um sujeito rabugento a todo momento e que James era uma pessoa 100% divertida. Na minha opinião, não deveria haver um mocinho e um vilão, apenas dois pilotos incríveis que disputaram até o fim o título de 1976.  Com toda a certeza vale a leitura!

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